O www.esquinademocratica.com reitera seu apoio ao jornalista Glenn Greenwald, ao site The Intercept Brasil, à liberdade de imprensa e à democracia. São deploráveis as declarações do presidente Jair Bolsonaro (PSL), emitidas durante entrevista coletiva à imprensa, no sábado, (27/7), no Rio de Janeiro.
Na ocasião, o presidente fazia referência à portaria publicada pelo ministro da Justiça Sérgio Moro, que estabelece a deportação de estrangeiros considerados perigosos ou que tenham praticado atos contrários à Constituição Federal. Bolsonaro disse que Glenn é casado com outro homem e tem meninos adotados no Brasil. "Malandro, malandro, para evitar um problema desse, casa com outro malandro e adota criança no Brasil. Esse é o problema que nós temos. Ele não vai embora, pode ficar tranquilo. Talvez pegue uma cana aqui no Brasil, não vai pegar lá fora não”, afirmou o presidente. Gleen Greenwald é editor do site The Intercept Brasil e tem publicado reportagens com base em diálogos realizados via Telegram, envolvendo o ex-juiz e atual ministro da Justiça Sergio Moro e procuradores durante atuação na Lava Jato. No sábado, em entrevista à Folha de S. Paulo, Glenn Greenwald afirmou que a declaração de Bolsonaro sobre uma eventual prisão não faz sentido. “Ao contrário do que Bolsonaro deseja, não temos uma ditadura, temos uma democracia e para prender alguém é preciso mostrar evidencia de que a pessoa que você quer prender cometeu algum crime”, argumentou. O jornalista afirmou que está casado com o deputado David há quase 15 anos e que a declaração do presidente que o chamou de “malandro” para escapar de uma deportação é absurda.

Sergio Moro com Jair Bolsonaro em cerimônia da Marinha, em Brasília. Foto: André Coelho/Folhapress
Editora chefe do Intercept, Betsy Reed repudiou a fala de Jair Bolsonaro, considerando uma ameaça do presidente ao jornalista e editor do Intercept, Glenn Greenwald. "Eu, como todos aqueles que defendem a democracia, fiquei assustada", escreveu Reed.
Em nota, a editora chefe escreve:
O Intercept condena veementemente as declarações que o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, fez sobre o jornalista e editor cofundador do Intercept, Glenn Greenwald. Jair Bolsonaro chamou Glenn Greenwald de “malandro” por ter casado com um brasileiro e adotado crianças no Brasil, o que dificultaria a sua deportação do país. A acusação seria ridícula se não fosse perigosa: o casamento de Glenn Greenwald ocorreu há quatorze anos, antes dele e da equipe do Intercept Brasil terem começado a publicar uma série de reportagens baseadas em um arquivo de conversas secretas revelando a má conduta de certos membros da força-tarefa Lava Jato.
Bolsonaro também disse que Greenwald “talvez pegue uma cana aqui no Brasil", uma expressão coloquial que soa como uma ameaça. Glenn Greenwald e os repórteres do Intercept Brasil conduziram seu jornalismo com a máxima integridade, sempre pensando no interesse público, e por isso, gozam de total proteção da Constituição brasileira. O Intercept apoia e reafirma o direito de Glenn Greenwald, e de todos os jornalistas do Intercept Brasil, de fazer jornalismo sem qualquer intimidação oficial, muito menos deportação ou prisão.
Somos gratos pela solidariedade dos defensores da liberdade de imprensa em todo o mundo, já que as instituições democráticas brasileiras enfrentam esse profundo teste sob o atual governo, comandado por um autoritário que não vê nada de errado em ameaçar um jornalista simplesmente por exercer a sua profissão.
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