
Pela segunda vez em menos de um mês, os brasileiros saíram às ruas contra o projeto de destruição nacional representado por Jair Bolsonaro, que, em menos de seis meses no poder, colocou o Brasil em recessão, cortou 30% da educação, ameaçou professores e insultou a população ao deixar claro que não gosta de pobres. Nas ruas, os brasileiros se mostram dispostos a não permitir a destruição completa do Brasil.
Havia uma certa apreensão em alguns setores da organização dos protestos com relação ao volume de uma segunda manifestação tão próxima da primeira. Mas a adesão e a multidão que tomou conta das ruas pelo país surpreendeu até o mais otimista dos manifestantes anti-Bolsonaro.
A pauta da educação organizou as demandas sociais e as ruas voltam a protagonizar o processo político no Brasil, agora do lado esquerdo da história.
Espremida entre duas manifestações-monstro, a micareta fascista de domingo, artificial e convocada pelo próprio governo, ficou parecendo uma 'quermesse', sem pauta definida e com a tristeza estampada na cara dos sôfregos apoiadores de Bolsonaro.
O país parece entrar em uma nova etapa, tão esperada por aqueles que buscam a volta da democracia e da normalidade institucional, perdida desde o golpe de 2016, aplicado por Michel Temer e pelo moribundo PSDB.
De posse das ruas, o segmento progressista agora é reinvestido da responsabilidade de re-conduzir o país à democracia popular e aos destinos naturais que a história reserva aos povos soberanos. Em outras palavras, o sucesso do 30M aumenta a responsabilidade dos estudantes como verdadeiros protagonistas do processo político, como sói acontecer em todos países que se viram atacados por processos degradantes de parasitagem no poder.
A imagem emblemática deste histórico dia 30 de maio foi a recolocação da faixa em defesa da educação, retirada e depredada por fascistas apoiadores de Bolsonaro, no dia 26. O gesto significa que a esquerda não permitirá mais o desrespeito e o esmagamento de suas pautas, seja no campo político, seja no campo do discurso.
O Brasil se fortalece e respira mais uma vez como nação, depois de um longo inverno político. Os ventos da democracia parecem soprar, agora, mais fortes e mais insinuantes, similares ao clima das Diretas Já de 1984, quando o país voltou a sonhar depois de uma longa ditadura midiático-militar.
O dado mais relevante, no entanto, não é o tamanho da manifestação em si, imensa e surpreendente: é o 'desejo político' realinhado. A expressão de cada estudante é a expressão da resistência e da retomada da história. Eles querem ser protagonistas e estão sendo. Quando esse comichão da história coça no cangote da liberdade democrática, é difícil de segurar.
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