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PEC DO VOTO IMPRESSO FOI REJEITADO NA CÂMARA, MESMO COM DESFILE DE TANQUES E BLINDADOS DO EXÉRCITO


A PEC do voto impresso (PEC 135/2019), de autoria da deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), que já havia sido derrotada na comissão especial, também foi rejeitada pelos deputados no plenário, nesta terça-feira (10/8), por 218 votos contrários e apenas 229 favoráveis. Para ser a provada, a proposta precisava de no mínimo 308 apoios, 79 votos a mais do que a base do governo conseguiu somar. Apenas o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) se absteve, enquanto outros 64 deputados não votaram.


O desfile de tanques e blindados na Esplanada dos Ministérios, interpretado como uma ameaça do presidente Jair Bolsonaro à democracia, acabou não surtindo efeito e a proposta do voto impresso acabou rejeitada. De acordo com informações da Marinha brasileira, o desfile de veículos militares blindados foi planejado antes da agenda de votação da PEC do voto impresso pela Câmara e "não possui relação com a mesma, ou qualquer outro ato em curso nos Poderes da República".


Os partidos que foram contra o texto foram PT, PL, PSD, MDB, PSDB, PSB, DEM, PDT, Solidariedade, PSOL, Avante, PCdoB, Cidadania, PV e Rede. Apenas PSL, Republicanos e Podemos orientaram a favor. O Progressistas, que ganhou o Ministério da Casa Civil, liberou a bancada, assim como PSC, PROS, PTB, Novo e Patriota. Apenas PT, PSOL, PCdoB e Rede foram integralmente contra. A deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS) chamou a atenção para que a Câmara não se intimidasse diante das “ameaças golpistas” do presidente Jair Bolsonaro". De acordo com informação dos bastidores, o próprio PSL não queria que a PEC do voto impresso fosse a plenário nesta terça, pois a estratégia seria “ganhar tempo”. A deputada Erika Kokay (PT-DF) denunciou nas redes sociais a tentativa do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL, para virar votos em favor do projeto.


Um manifestante foi detido durante o desfile de tanques e outros veículos militares em Brasília. O homem tentou parar o avanço de uma fileira de veículos blindados e acabou detido pela Polícia Militar (PM). Ele foi algemado e levado para a sede da PM e depois liberado.

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