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ASSISTA AQUI O DOCUMENTÁRIO "SINAL DE ALERTA - LORY F." E O SHOW DE LAURA FINOCCHIARO


A semana de encerramento da exposição “Lory F. - Você vai ser obrigado a me escutar” contou com o lançamento do documentário “Sinal de Alerta - Lory F.”, de Fredericco Restori e Natália Pimentel. Além do documentário, o público pode assistir o show de Laura Finocchiaro, irmã de Lory, interpretando músicas da homenageada. Aberta no mês de julho, com curadoria de Joana Alencastro, a mostra, que estava na Sala Radamés Gnattali, da Discoteca Pública Natho Henn, no 4º andar da Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ), encerrou neste sábado (30/10).


O diretor de “Sinal de Alerta - Lory F.”, Fredericco Restori, explica que a realização em curta-metragem conta de forma poética e experimental a intensa vida da baixista, cantora e compositora. “Numa poesia beat visual, o filme viaja para o passado de forma lisérgica ao rebobinar o tempo e as imagens de arquivo, como uma fita cassete ou VHS, retratando a rebeldia dessa artista ímpar, que ocupou seu espaço no rock’n’roll numa época em que poucas mulheres conseguiam conquistar espaços. Foi bagunçando o comportamento da alta sociedade de Porto Alegre e enfrentando a AIDS, numa época repleta de preconceito e ignorância, que Lory F. se tornou referência para sua geração”, comenta Restori.


Confira abaixo o documentário e o show de Lauro Finocchiaro.

Laura, a “irmã Finocchiaro do meio”, é cantora, compositora e produtora musical. Autora de mais de mil canções, produziu e lançou 13 discos autorais. Criou a produtora de áudio e o selo Sorte Produções e vive atualmente em São Paulo. Coube a ela a mixagem do disco póstumo lançado em 1996. “Lory, no hospital, pediu que eu mixasse e finalizasse o álbum. Ela me disse que sabia que sua música iria acontecer, mas ainda não era naquele momento”, emociona-se Laura, ao lembrar a trajetória da irmã e agradecer as homenagens prestadas pela CCMQ. Além da exposição e das várias ações paralelas, a instituição inaugurou o Palco Lory F., no 4º andar do complexo cultural. “Lory quebrou paradigmas com ideias à frente do tempo. A morte de Lory, vítima da Aids, foi um grito de alerta, uma antena para a geração dela. Vários músicos se deram conta do que estava acontecendo a partir da morte da Lory”, comenta.

Em formato guitarra e voz, Laura Finocchiaro apresentou músicas do álbum “Lory F. Band” e algumas canções inéditas, transpondo para a densidade e o punch da guitarra algumas das frases que Lory fazia no contrabaixo. “Lory e eu começamos a estudar música juntas. Eu, mais metódica, segui os estudos de violão, depois violão clássico, guitarra, canto e composição. Lory foi aprender o rock’n’roll nas ruas. Revendo e estudando as harmonias criadas por Lory F., a maneira como ela encadeava os acordes, as escalas de blues são marcantes, o uso das blue notes da escala pentatônica, daquela música de feeling, sensibilidade, amor e paixão que fazíamos desde os anos 1970”, relembra Laura Finocchiaro.


LORY F.

Nascida em Porto Alegre, em 24 de setembro de 1958, Lory F. (Lorice Maria Finocchiaro) é figura essencial para o rock’n’roll brasileiro. A partir dos anos 1970, a baixista, cantora, compositora, produtora musical e desenhista fez parte de inúmeras bandas, como Cor de Rosa, Sempre Livre, Sombras da Noite, Pretty Woman Band e a sua Lory F. Band. Lory faleceu em 11 de agosto de 1993, em decorrência de complicações da AIDS, deixando o antológico disco póstumo, "Lory F. Band”, lançado em 1996. Com produção das irmãs Laura e Deborah Finocchiaro e da amiga Fernanda Chemale, o álbum traz Lory como vocalista, baixista e líder da banda que reunia músicos lendários da cena rock gaúcha, como Ricardo 'King Jim' Cordeiro no sax e voz (principal parceiro de composição de Lory), Marcinho Ramos e Marcelo Fornazier nas guitarras, Edinho Espíndola e Edinho Galhardi na bateria. O disco "Lory F. Band” está em todas as plataformas digitais, com apoio da gravadora Cogumelo Records e distribuição da Nikita.

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