LULA REPRESENTA, NOVAMENTE, A ESPERANÇA PARA VENCER O MEDO

Ao que tudo indica, o mês de setembro de 2017 será marcado por uma grande efervescência no cenário político do país. A jornalista Tereza Cruvinel, colunista do www.brasil247.com, afirmou, nesta segunda-feira (21/8), que o procurador-geral Rodrigo Janot, cujo mandato termina no dia 17 de setembro, acelerou o ritmo de trabalho e deve apresentar a segunda denúncia contra Michel Temer, por obstrução da Justiça, ainda nesta semana.
A chapa está cada vez mais quente para os defensores de Temer. A Procuradoria Geral da República denunciou hoje, no âmbito da Operação Zelotes, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo Temer. Não há detalhes sobre o caso, pois o mesmo corre sob segredo de Justiça. Mas todos sabem que a Operação Zelotes apura fraudes no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), o tribunal de recursos da Receita Federal. O ministro Ricardo Lewandowski é o relator da Zelotes na Corte, cabendo à segunda turma do Supremo Tribunal Federal decidir se Jucá se tornará réu ou não.
Outro que parece fugir da própria sombra é o senador Aécio Neves. A imagem de corrupto está consolidada de tal forma que o senador já foi descartado pelas lideranças do seu próprio partido e agora será fritado, sem dó nem piedade. Ninguém deseja ter o nome associado ao senador Aécio Neves, afastado do Senado em função do seu envolvimento em casos de corrupção. Com a proximidade das eleições, fica cada vez mais evidente que o senador não dispõe da credibilidade e do poder de outrora. Não é de se duvidar que o tucano, neto de Tancredo, siga os mesmos caminhos da irmã e termine o ano na cadeia.
Enquanto isso, a Caravana pelo Nordeste mostra ao Brasil o tamanho do carisma do ex-presidente Lula. Carregado nos braços pelo povo brasileiro, Lula se entrega de corpo e alma às eleições de 2018, o que pode intimidar o juiz Sérgio Moro, em relação às suas decisões. Se Moro falhar, os arquitetos do golpe terão de recorrer a um plano B para afastar Lula do processo eleitoral.
Por um instante lembrei das declarações atribuídas à ministra Cármen Lúcia, em maio deste ano, após a divulgação das gravações das conversas entre Temer e Joesley Batista, de que poderia tomar uma atitude impressionante diante do que estava acontecendo no país, como convocar o exército brasileiro para entrar no poder da presidência da república, já que isso pode acontecer quando se tem um grande motivo.
Apavorados diante da possibilidade de Lula voltar à Presidência da República, restará aos opositores do ex-presidente investir na instabilidade política e econômica do país e no clima de insegurança em relação ao futuro.
Mas, assim como das outras vezes, Lula será a esperança para vencer o medo.