MANIFESTAÇÃO EM DEFESA DO GOVERNO DILMA E DE LULA REÚNE MAIS DE 10 MIL EM PORTO ALEGRE
O domingo do dia 13 de março de 2016 será sempre lembrado em Porto Alegre como a data em que milhares de pessoas foram às ruas defender a democracia e se posicionar contra o golpe armado para derrubar a presidenta Dilma e para colocar o ex-presidente Lula na cadeia. Nesta data, de norte a sul do país, as elites brasileiras foram às ruas pedir o impeachment da presidenta. Em Porto Alegre houve resistência e diversas lideranças políticas se manifestaram contra a tentativa de golpe, promovida pelas elites e pelo monopólio da mídia.

O ex-governador Tarso Genro afirmou, durante a manifestação de domingo, dia 13 de março, no Parque da Redenção, em Porto Alegre, que se o golpe tiver êxito “vai tornar a situação do país insustentável”. Tarso afirmou que caso o Brasil tenha um golpe, “a oposição vai fazer no país o que o nosso adversário está fazendo com o Rio Grande do Sul e que nos evou a uma brutal crise na segurança pública. O ex-governador disse que a presidenta Dilma precisa colaborar. “Reforma esse ministério presidenta, vem pra esquerda”.
Já o ministro do Trabalho e da Previdência, Miguel Rossetto, afirmou que todos sabem qual é o real motivo da disputa política no Brasil e quais são os verdadeiros motivos das manifestações que querem o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. “O que está em debate não é um pedalinho e um iate, que depois se transformou em um barquinho. O que está em jogo no Brasil é qual o projeto político que vai governar o país, se o projeto das elites ou o projeto democrático e popular. O ministro enfatizou que o que está em jogo é a continuidade de uma luta política “que o povo brasileiro travou, que nós disputamos em 2014 e que foi vitoriosa nas urnas, derrotando o candidato das elites. “Essas elites não suportam e não são capazes de conviver com as mudanças no país”. Rossetto encerrou o seu discurso lembrando das tradições de Porto Alegre “na luta contra a escravidão, em defesa da legalidade, a liberdade e a caminhada em direção à igualdade social é que une o povo brasileiro contra o golpe”.
Para o ex-governador Olívio Dutra, o momento político do país é "dramático”. Olívio afirmou que é necessário fazer uma reflexão sobre “o que poderia ter sido feito e não fizemos". Ele foi enfático no seu pronunciamento, afirmando que o discurso de combate à corrupção não é da direita. "O campo democrático e popular não aceita, seja por quem for, a apropriação de um centavo sequer do dinheiro público". O ex-governador disse que não é possível aceitar que o mandato da presidenta Dilma seja interrompido, pois foi conquistado pelo voto da maioria do eleitorado brasileiro. "O poder conquistado democraticamente só poderá ser mudado por outra eleição e nós temos eleição para a Presidência da República em 2018". Olívio finalizou seu discurso, lembrando que a luta pela democracia é uma luta de todos os brasileiros.